O cancro oral é o 6º cancro mais letal e constitui 2-3% de todos os cancros da cavidade oral. 90% são o carcinoma pavimento-celular. Em Portugal são diagnosticados cerca de 1500 novos casos por ano. No entanto, esta doença tem vindo a aumentar nos últimos anos, nomeadamente em jovens. Cerca de 4% das mortes de homens são devido a cancro oral. Isto numa proporção de 3H:2M. Além disso, o cancro oral tem uma elevada taxa de mortalidade pois o seu diagnóstico é feito tardiamente.
Indicação dos 5 fatores de risco:
Quanto à Madeira, sabe-se que a taxa de incidência é o dobro da média continental.
Nos fatores de risco, incluem-se o consumo de tabaco e de álcool. Assim como, a associação destes dois hábitos, alguns tipos de HPV, sobretudo o 16 e o 18, e a exposição prolongada ao sol. Para além destes fatores, existem algumas lesões na cavidade oral que se podem tornar cancro. Estas lesões normalmente são indolores, mas diagnosticadas numa consulta, podem ser removidas com uma pequena cirurgia.
Qual é o aspeto?
Em relação ao aspeto, o cancro oral é definido como uma placa vermelha, branca ou combinada que tem um volume irregular. Pode inclusivamente estar ulcerada e tem bordos que podem estar endurecidos.
Localização:
As localizações mais frequentes, são o ventre da língua, o pavimento da boca e o vermelhão do lábio inferior. De igual modo, a gengiva, o rebordo de zonas sem dentes, a parte interna das bochechas e o palato também são afetados.
Conheça os 3 sintomas:
Dentro dos sintomas, incluem-se a dificuldade em engolir, a diminuição dos movimentos da língua e dentes a abanar.
O autoexame, apesar de pouco fiável, continua a ser uma boa estratégia para deteção precoce. Quer isto dizer que as pessoas são incentivadas a procurar alguma alteração na sua própria boca e face. Para tal, podem recorrer apenas a uma boa luz e a um espelho. Posto isto, é importante estar atento a alguma alteração que não desapareça espontaneamente em 15 dias. Por ex.: os sinais podem ser as alterações de cor, textura, volume, úlceras, com ou sem dor.
No entanto, é importante fazer visitas regulares a profissionais de saúde oral (médico dentista, higienista oral, estomatologista, médico de família). Pois, todos estes profissionais estão treinados para deteção destas lesões. Também como medida preventiva, temos as ações de educação e de promoção para a saúde oral que continuam a ser as melhores estratégias.
Diagnóstico:
No que toca ao diagnóstico destas lesões, este apenas poderá ser confirmado com uma biopsia. Ou seja, uma pequena cirurgia na qual se remove total ou parcialmente a lesão que é submetida a exame histológico realizado por um anatomopatologista.
Por último, e uma vez confirmado o diagnóstico de cancro oral, o doente é encaminhado para Unidades de Saúde. Como é o caso da área de Cirurgia da Cabeça e do Pescoço que irão orientar a/s modalidade/s de tratamento. Efetivamente, os tratamentos podem incluir cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.